O Centro Acadêmico de Filosofia (Gestão 2018), juntamente com os demais discentes do curso, tem o prazer de anunciar a realização da IV Semana Acadêmica de Filosofia da Universidade do Estado do Pará, com o tema: "o vazio do eu: o paradoxo da Existência na era da opinião", que irá ocorrer entre os dias 05 e 08 de  Novembro, no Centro de Ciências Sociais e Educação (CSSE/UEPA).

O tema deste ano, juntamente com a programação, vem propor à comunidade acadêmica uma discussão epistêmica à respeito das várias faces da Existência e do eu na contemporaneidade. Tendo em vista a impossibilidade de se atribuir uma definição ao Ser; que pensar é o modo-de-ser do homem e que, para pensar, este se utiliza de signos, até onde podemos chegar circundando o sentido do ser? E como o significar a existência nos afeta?

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Nosso objetivo e ambição é fazer uma semana acadêmica cujos pensamentos, durante cinco dias, voltem-se à reflexão do que significa ser e existir nos dias de hoje. Considerando o  constante movimento que parte da construção e percepção do eu, para o reconhecimento do outro, torna para o entendimento de si, volta-se para a relação e compreensão do nós e, por conta dos conflitos, sempre retorna para as dúvidas do eu.

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Nesse sentido, o “vazio” se refere à angústia de um “eu” que, acreditando na existência de um propósito e sentido para a vida, muitas vezes externo à ela ainda não tomou ciência de si e do universo tal qual ele é; um “eu” que frequentemente se encontra perdido em meio aos conflitos e ocorrências da existência, percebendo-se “no escuro”, sem conhecimento, em busca de uma resposta para sua dúvida e afago para sua dor. Refere-se, também, à angústia de nadificar a existência ao retirar-lhe os sentidos para se compreender nela.

O paradoxo da Existência engloba as várias vertentes que apresentam diferentes concepções para a mesma realidade e o homem que deseja conceber ideias fixas e onipotentes. Tal fenômeno ocorre pelas múltiplas possibilidades do Ser-aí, o qual, segundo Heidegger (1889-1976), é a existência humana, por onde sem a revelação do Nada, da angústia não há ser-si-mesmo, nem liberdade.    

O tema, se levado às últimas consequências, nos leva a percorrer três caminhos como eixos temáticos: o Eu, cuja proposta é trabalhar o processo de sua formação a partir das perspectivas biológica e psicológica, analisando do ponto de vista filosófico, o desenvolvimento e as implicações dessas duas estruturas no meio social; o Outro, do qual a proposta se assenta no reconhecimento do outro como um eu-de-existência-legítima, a partir da construção da linguagem e das vivências da consciência; e o Nós, onde a proposta procura entender como o eu interage com outros-eus e suas respectivas diferenças e pluralidades.

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Nesse sentido, a IV SAFIL convida o “eu” a mergulhar na Existência — começando por sua própria — para nela, se perder e se deleitar em conhecimento a fim de melhor lidar com as coisas inerentes a si e ao mundo.